Hoje um atendimento de um pai que estava perdendo seu filho mexeu um pouco comigo… Sai me questionando se é certo inverter as ordens, filho ir antes do pai. A felicidade é morrer na ordem certa? Primeiro morre o avô, depois pai e, por fim o filho?

Depois de ele me contar de vários momentos que teve com seu filho, lembrei de um termo budista chamado satori que nos liberta do conceito de tempo, o tempo é apenas um fio. E nesse fio vão se enredando todas as experiências de beleza e amor pelas quais passamos.

Aquilo que a memória amou fica eterno. E é essa eternidade que dá sentido para a vida. Então, não sei se realmente tem uma ordem única para as coisas acontecerem. Há momentos efêmeros que justificam toda a vida. E a vida é composta desses momentos que podemos olhar e falar que valeu a pena.

Imagina um beijo sem fim, um filme sem fim, um espetáculo de ballet clássico que não acaba mais… Tudo que é belo tem que morrer. E cada experiência por completa é destinada à eternidade.  Portanto acredito que um momento de beleza e amor pode sim justificar uma vida toda.

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